Além do Cidadão Kane

domingo, 15 de junho de 2008

EUA VINCULADOS À MÁFIA DE MIAMI

Cuba contra o terrorismo


No passado mês de Maio, o presidente George W. Bush voltou a destilar fel contra Cuba e o caminho de progresso escolhido pelos cubanos, o qual, pela resistência e experiência revolucionária que transmite aos povos do mundo, representa uma espinha cravada na gula do imperialismo norte-americano. Contrastando com as ameaças, Cuba expôs provas inequívocas sobre os vínculos da actual administração dos EUA com a máfia terrorista de Miami e os lacaios que procuram manchar a dignidade de um povo e de um país.

Os documentos divulgados revelam os laços entre a Secção de Interesses dos EUA em Havana, a máfia terrorista de Miami e os grupos que em Cuba promovem a anexação pelo vizinho do Norte. O triângulo sujo envolve, entre outros personagens de baixo calibre, Michael Parmly, responsável pela representação diplomática de Washington em Cuba, Martha Cabello, activista da «dissidência», e Santiago Alvarez, cabecilha da Fundação Resgate Jurídico, detido nos EUA, mas livre de movimentos para a contra-revolução.

Segundo as autoridades cubanas, Parmly e Robert Blau, recentemente promovido a número dois da secção respeitante a Cuba no Departamento de Estado, serviram de «mulas» de transporte de dinheiro proveniente da Fundação de Resgate Jurídico com destino aos mercenários na ilha. Cabello – que recebe 1500 dólares mensais de soldo, para além de outras somas que distribui pelos demais assalariados de Washington em Cuba, igualmente denunciadas publicamente com os respectivos recibos de pagamento –, terá mesmo trocado correspondência com operacionais de Miami dando-lhes instruções precisas sobre como poderiam chegar a Parmly, o «carteiro», como lhe chama, numa ocasião em que o diplomata estava nos EUA e, assim, teria oportunidade de recolher os fundos transportando-os, posteriormente, para Cuba.

Martha Cabello não esconde que recebe o referido «auxílio». Foi a própria quem em conferência de imprensa agradeceu a «ajuda» da Fundação Resgate Jurídico e de outras organizações norte-americanas.

Interessa saber se tudo isto faz parte do chamado anexo secreto do Plano Bush; se a Casa Branca reconhece perante o mundo as acções desenvolvidas pelo seu corpo diplomático em Havana e as ligações com grupos criminosos da Florida, para mais quando insiste no «combate ao terrorismo».

O governo de Cuba exigiu que a administração norte-americana se pronuncie sobre as actividades da Secção de Interesses, tome medidas imediatas para que se cumpram os acordos entre Cuba e os EUA firmados em 1977, e não se violem grosseiramente as disposições da Convenção de Viena sobre relações consulares, as quais ditam expressamente que o conteúdo da bagagem diplomática só pode incluir material destinado ao serviço da embaixada, e nunca, em caso algum, outro cujo objectivo seja a promoção de acções hostis contra o país onde se situa a representação diplomática.

Instado a comentar as denúncias, o porta-voz do Departamento de Estado, Sean McCormak, repetiu, evasivo, que os EUA não violam leis internacionais na sua prática diplomática – esquecendo, certamente, que, em 2003, o então secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, mostrou perante as Nações Unidas provas forjadas sobre a detenção de armas de destruição em massa por parte do Iraque, transparência cujos resultados estão à vista –, mas admitiu que a Casa Branca apoia «actividades humanitárias» enquadradas no Plano Bush para Cuba, embora, insistiu, desconheça os mecanismo de financiamento e acção dos grupos de «dissidentes» e os vínculos destes com a máfia de Miami.

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