Além do Cidadão Kane

sábado, 20 de junho de 2009

1,2 bilhões de pessoas passam fome no mundo

O aumento do preço dos alimentos que ocorreu a partir do surgimento da crise econômica internacional, é um dos fatores aos quais se atribui o recorde no aumento do número de pessoas que passam fome no mundo. A atual situação financeira e o preço da comida foi classificada como uma "perigosa mescla" pelo diretor da FAO, Jacques Diouf.

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), denunciou nesta sexta-feira que uma de cada seis pessoas no mundo passa fome, o que equivale a 1,2 bilhões de cidadãos, quantidade que aumentou nos últimos meses em comparação com cifras anteriores, pela crise econômica mundial, segundo destaca o organismo.
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O diretor da FAO, Jacques Diouf, e a diretora do Programa Mundial de Alimentos (PMA), Josette Sheeran, assistiram nesta sexta-feira a uma conferencia de imprensa, na qual apresentaram os resultados da crise econômica global e os altos preços dos alimentos sobre o problema da fome no mundo.
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Segundo os dados publicados nos meios de comunicação, além de registrar-se um aumento das pessoas com fome no mundo, desde há três anos se tem elevado a percentagem da população mundial que se encontra nessa circunstancia.
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Diouf afirmou que pela "perigosa mescla de crise econômica e altos preços dos alimentos" o ano passado 100 milhões de pessoas entraram na categoria de famintos. Este fato supôs "um aumento de 11 por cento".
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Assinalou que ao problema se soma os baixos salários e o crescente desemprego, que reduzem as possibilidades das pessoas de baixos recursos de adquirir alimentos.
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O funcionário definiu a situação como uma silenciosa crise que ameaça a paz mundial e a segurança.
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"Não podemos ser indiferentes ante a presente situação da insegurança alimentar no mundo", insistiu Diouf.
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Diouf se mostrou esperançoso na próxima conferencia mundial sobre alimentos que ocorrerá em Novembro deste ano, para abordar o tema e acatar as soluções a respeito.
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Propôs que se trabalhe em "uma nova ordem alimentar mundial".
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Tanto Diouf, como a diretora do Programa Mundial de Alimentos (PMA), Josette Sheeran e o representante do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA), Matthw Wyatt, se mostraram de acordo em que a crise alimentar não se deve "a uma falta de conhecimentos".
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Sheeran informou que sua organização leva a cabo programas nos quais não se oferece comida aos necessitados, apenas lhes entregam vales para que comprem alimentos "nos mercados locais".
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A representante do PMA disse que "com só 1 por cento ou menos dos pacotes de estímulo" que os governos de todo o mundo programaram para sair da crise, se pode estabilizar a situação alimentar.
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Traduzido por Rosalvo Maciel
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Original em Telesur

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