Além do Cidadão Kane

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Detidos cinco espiões europeus no Irã por provocar distúrbios

O Governo do Irã anunciou nesta segunda-feira que prendeu a cinco espiões europeus que serviam de ativistas para provocar os distúrbios que durante uma semana ocorreram em Teerã, após a reeleição do presidente Mahmud Ahmadineyad nos comícios de 12 de junho.

De acordo com a imprensa local, o Irã acusa a dois alemães, um britânico e dois franceses de participar nas manifestações, pelo que a tese da ingerência por parte dos países ocidentais ganha mais força desde que foi exposta pelo mesmo Ahmadineyad neste domingo.

Justamente, nesta segunda-feira o porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores, Hassan Qashqavi, acusou aos Estados Unidos e a parte da Europa de promover os distúrbios realizados pela oposição desta nação apos a reeleição do presidente Mahmud Ahmadinejad em 12 de junho.

O funcionário expressou que o ocidente fomenta a violência nas ruas de Teerã, a qual deixou 457 pessoas detidas de acordo com a polícia.

"A propagação da anarquia e do vandalismo pelas potencias ocidentais e também s mídia ocidentais (...) não são aceitáveis em absoluto", disse Qashqavi em uma entrevista à imprensa.

"Em muitos países europeus e também nos Estados Unidos, em lugar de convidar as pessoas a recorrer a mecanismos democráticos (...) apóiam a facções de agitadores", declarou em referencia a vitoria de Ahmadinejad que foi respaldada na sexta-feira pelo líder religioso de Irã Alí Jamenei.

Informou que as missões diplomáticas iranianas haviam sido atingidas em outras partes do mundo durante esta semana de manifestações, entre elas a localizada na Alemanha.

Entretanto a Polícia iraniana informou que neste fim de semana foram detidas 457 pessoas em Teerã pelos distúrbios que seguem fustigando a capital.

Em um comunicado ocorrido nesta segunda-feira, as Forças de Segurança informaram que os detidos são acusados de "provocar insegurança, perturbar a ordem pública e enfrentamento com a Polícia".

Alem disso, asseguram que nas manifestações se encontram terroristas que cometem ações irregulares como as vividas na semana quando incendiaram a uma mesquita e dois postos de gasolina, e assaltaram a um posto militar.

Tambén foran presos varios membros do grupo opositor armado Muyahidin Jalq por incentivar a violencia.

Nesta segunda-feira a oposição iraniana pretende organizar um novo protesto pelo resultado das eleições presidenciais.

Fontes da oposição indicaram que a manifestação terá lugar às 16:00 horas local (13:30 GMT) na praça de Haft-e Tir, no centro norte da capital, e se deslocará até o norte através da avenida Valy-e Asr, a maior de Teerã.

Imprensa estrangeira lança uma "guerra cibernética"

Qashqavi acusou nesta segunda os meios de comunicação estrangeiros de exagerar a situação no país para criar distúrbios e de lançar uma guerra cibernética para manchar a imagem do país.

A imprensa estrangeira " elegeu lançar ataques contra as páginas iranianas de noticias na internet para criar uma grave ruptura entre o Governo e o povo", afirmou o porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores.

"Nas eleiçoes participaram 40 milhoes de pessoas. Não permitiremos que se converta este diamante em uma pedra nas mãos de pessoas que querem lançar-la para romper as janelas de seu próprio país", advertiu.
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Origiinal em TeleSur

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