Além do Cidadão Kane

sábado, 11 de julho de 2009

Resistência cada vez mais forte no Afeganistão

Josiel Morais
Os afegãos vêm resistindo bravamente contra os invasores que querem destruir sua cultura e explorar seu solo, pois desde 2002 a força beligerante dos países imperialistas tem destruído as forças produtivas do Afeganistão, para impor uma força de trabalho mais lucrativa, conduzindo o povo à miséria e à desigualdade social. Entretanto, os países que investiram na guerra desejam implantar uma falsa democracia, para impor a política cruel do neoliberalismo.

A resistência do povo afegão chama a atenção de outros países, pois a força bélica dos países imperialistas ataca lugarejos pobres, escolas e hospitais. Este tipo de investida militar vem sofrendo derrotas, porque a população não aceita a presença dos Estados Unidos em solo afegão aumentando assim os ataques a policiais e militares que defendem um governo fantoche criado pelos imperialistas, porém, os novos alvos que a resistência tem atingido são as empresas portuárias no solo estadunidense. No dia 1º de maio os sindicatos dos portuários da Costa do Pacífico dos Estados Unidos paralisaram os portos da Califórnia em solidariedade à resistência do povo do Afeganistão e do Iraque.

O protesto ganhou força e seguiu em direção ao sul e norte do estado, diversos sindicatos aderiram, apoiaram e pediram o fim da barbárie naqueles países como: sindicato dos correios, professores e administrativos da universidade pública de Nova Iorque, além de receber apoio de sindicatos de diversos países como: Japão, Austrália, Inglaterra, Roma, Itália e o sindicato do magistério do Rio de Janeiro (SEPE).

As ações militares mostram sinais de fracasso, a resistência do povo aumenta a cada dia, isso provoca cansaço na tropa regular dos países imperialistas e um grande desespero das mães de soldados que perdem seus filhos, destrói o sonho de revê-los. A morte de militares ainda não atingiu dez mil, mas causa insatisfação aos civis que esperam pelo retorno deles, sem contar que os cofres públicos que têm sido atacados com os gastos militares, a má administração Bush e a crise econômica mundial impõem ao povo estadunidense uma reflexão crítica sobre que tipo de política os países imperialistas devem estabelecer sobre a humanidade.

O alto escalão militar admite que a corrupção e a entrada de drogas no país colocam a população contra o governo local, aumentando os ataques contra as forças de ocupação. Os soldados estadunidenses estão sendo tragados pela forças irregulares de um país que por tradição tem um histórico de guerra, pois no passado não muito distante, ajudou os afegãos a lutar contra a União Soviética, hoje provará o sabor da derrota na Ásia Central.

O domínio dos países imperialistas sob o povo mulçumano iniciou no século XIX com os britânicos e Franceses, na tentativa de impor a cultura do ocidente sobre o oriente. Esse desfecho seguiu através de uma estratégia de intelectuais, as universidades de medicina, direito, agricultura e outras influências nas mudanças políticas da região eliminando assim, a política nacionalista otomana. O nacionalismo turco foi uma reação a contínua e crescente pressão da Europa e ao colapso do ideal de nacionalismo otomano. De 1860 a 1870, apareceu uma divisão entre os que apoiavam as reformas, esse domínio começava a declinar, pois novas idéias surgiam e eram apresentadas ao povo, uma delas foi à doutrina do Islã. Em 1908 uma revolução enfraqueceu a posição do Sultão, que terminou levando ao poder os “Jovens Turcos”. A política deles era de fortalecer o controle central e dar ênfase à unidade nacional do império, essa política tendia na direção do nacionalismo turco. A política do nacionalismo logo se espalhou no oriente. A idéia era de recuperar o prestígio do império otomano mantendo uma continuidade da tradição islâmica o Otomanismo, reformismo islâmico e nacionalismo, era a idéia de uma minoria educada, que buscava um novo relacionamento com o Estado e o mundo externo.

A tradição islâmica rejeita a presença de estrangeiros com influência política e militar na região, entretanto, a decisão de invadir e manter um extermínio no Afeganistão faz com que aumente um sentimento de desprezo e revolta do povo estadunidense e fortalecendo assim, o laço de solidariedade entre os povos mulçumanos. Os países imperialistas tentam destruir a cultura Islâmica e eliminar vestígios do império otomano, para que possa dominar a região, extrair de seu solo petróleo, gás e outros recursos naturais. Além de manter o povo mulçumano escravo e submisso a uma política estrangeira.

A estratégia dos países imperialistas é manter uma política de influência forte nos países da região como: Paquistão, Afeganistão, Iraque, Israel e agora com a Palestina, pois têm imposto aos judeus a ideia de aceitar o Estado da Palestina. Restaria a Turquia, essa encontra-se em negociação com a entrada para a União Européia. E, em seguida, com apoio desses países subjugados e humilhados militarmente, torna-se fácil dominar toda a região.

A resistência dos povos Afegãos, Iraquianos e a política anti-estadunidense do Irã e da Síria fazem com que as forças beligerantes dos países imperialistas busquem uma política não agressiva ao antigo império otomano, que ainda resiste e luta pelo seu território.

Um comentário:

Tzeverino disse...

1 comentario sobre o primeiro paragrafo:
Sim, é verdade. Os exercitos não vão sosinhos ao Afeguenistão ou ao Iraque. Levam com eles varias empresas, para exprorar e dominar economicamente o país. Vão até empresas brasileiras. Vão também empresas contrutoras, para (re)construir, com o dinheiro do povo, aquilo que eles mesmos destuiram.

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