Além do Cidadão Kane

domingo, 24 de janeiro de 2010

A quem interessa manter o esquecimento?

No dia 15 de janeiro último, no Centro Cultural da Caixa Econômica Federal, no centro do Rio de Janeiro, foi realizado um ato em homenagem ao militante político, Carlos Marighella, além de outros brasileiros que morreram resistindo à ditadura civil-militar.
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O evento foi organizado pelos grupos Tortura Nunca Mais/RJ, Marighella Vive e Exposição Marighella. Cerca de 150 pessoas compareceram.
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O ato teve início com a exibição do filme "O Retrato Falado do Guerrilheiro" sobre a vida de Carlos Marighella, dirigido pelo cineasta Sylvio Tendler, seguido de debate. Quase ao final da primeira parte do evento o coordenador da mesa, Carlos Fayal, foi informado pela gerência do Centro Cultural de que através de um telefonema anônimo uma bomba teria sido colocada no prédio. Rapidamente homenagearam-se outros militantes mortos, sendo que a determinação dos responsáveis era deixar o edifício vazio o mais rápido possível.
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Estávamos atônitos e perplexos e nos perguntávamos: de onde essas vêm as ameaças de bombas? Quem tem medo dessas homenagens? Quem tem medo da verdade? A quem interessa manter o esquecimento?
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O episódio, sem dúvida, foi uma tentativa de intimidar os movimentos que constantemente se manifestam contra as violações dos direitos humanos e tentam trazer para sociedade brasileira o que foi o terrorismo de Estado implantado em nosso país de 1964 a 1985.
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Não podemos aceitar estes fatos em um país que se diz democrático e de direito.
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Não serão tais ameaças e intimidações fascistas que nos farão desistir da nossa luta pela verdade e pela justiça!
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Rio de Janeiro, 18 de janeiro de 2010
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Pela Vida, Pela Paz! Tortura Nunca Mais!
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Grupo Tortura Nunca Mais/RJ
Marighella Vive/RJ

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