Além do Cidadão Kane

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Resistência hondurenha conclama solidariedade contra as perseguições, assassinatos e tortura

Em carta enviada aos chefes de Estado em 21 de fevereiro, a Frente Nacional de Resistência Popular de Honduras defendeu que os países da região mantenham a pressão, não reconhecendo o governo de Porfírio Lobo, “conformado pelas pessoas que abertamente executaram e validaram o golpe de Estado”. “Ninguém em Honduras tem sido condenado pelas violações a nossos direitos, assassinatos, torturas e repressão. Prova disso é que a Corte Suprema de Justiça desculpou e liberou definitivamente de qualquer responsabilidade a cúpula militar, agente fundamental da violação a nosso Estado de Direito”, ressalta o documento.
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Conforme a Resistência, “agora mesmo, no departamento de Colón, grupos paramilitares e a policia usam a violência para privar a nossas irmãs e irmãos camponeses de seu direito à terra. Já houve assassinatos e muito provavelmente, a situação piorará”.
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Diante dessas circunstâncias, a Resistência conclama os chefes de Estado para que “mantenham sua posição de não reconhecer o regime de Porfirio Lobo Sosa, já que o mesmo é uma continuação da ditadura instalada com o Golpe de Estado e validada com um processo eleitoral ilegal e ilegítimo que não foi observado por nenhum governo, mecanismo de integração regional ou instituição com credibilidade”.
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“Condenem com energia e determinação a violação dos direitos humanos e os crimes de lesa humanidade em Honduras, exigindo o fim imediato da perseguição política e da intimidação contra os membros da Frente Nacional de Resistência Popular, crimes executados por corpos repressivos e paramilitares que devem ser desmantelados. Reconheçam a Frente como a representação legitima do povo hondurenho que busca voltar à ordem institucional e refundar o Estado para conseguir uma sociedade melhor.”
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O documento da Frente Nacional de Resistência Popular defende que os governantes “exijam que uma justiça imparcial e o devido processo sejam aplicados em todos os casos, permitindo o retorno de todo exilado político para que exerça seus direitos cidadãos como o estabelece a Constituição de Honduras”. E mais: “exijam que desapareçam da função pública os autores materiais e intelectuais do Golpe de Estado e se os julgue numa Corte Internacional, imparcial”.

Original em Hora do Povo

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Um comentário:

ZEPOVO disse...

Como? Honduras vive a mais perfeita democracia, mantém excelentes relações com os EUA que não só validaram as eleições hondurenhas como despacharam Hillary pelo mundo "vendendo" a normalidade da situação em Honduras...

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